Oi gente! Tudo bem? O post de
hoje é o 5° desafio do Projeto Blogagem Literária Coletiva, elaborado pela Juh (www), pela Monika (www) e pela Ana (www).
Desta vez eu tinha que escolher uma parte de um livro para
modificar e como sou uma pessoa bondosa, resolvi salvar o Wiil, porque ele não
teve muito sorte na vida, coitado J
Era um dia realmente ruim. Haviam
muitos Audaciosos marchando apressados como se estivessem atrasados para um
compromisso importante. Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, era
cedo, a maioria das pessoas da minha idade ainda estavam dormindo, mas assim
que vi papai e mamãe se levantarem fiz o mesmo e os segui . Eles não pareceram
me ver, ou talvez, não tenham se importado com minha presença, se esse é o
caso, ninguém se importou.
Já fazem alguns minutos que perdi
meus pais de vista, isso foi assim que descemos do trem. Posso ver Quatro
daqui, ele e sua nova namorada também. Os
dois estão andando juntos e parecem mais vivos que a maioria aqui. Resolvi
ficar perto, apenas o suficiente para pedir ajuda se precisar e não deixa-los
me ver se eu não quiser. Porque, imagino
eu, que se o garoto dos quatro medos não puder me proteger, ninguém mais pode.
Quer dizer, eles e Tris. A número um na lista de classificados desse ano.
Eu estava ali observando-os
quando vi alguns membros da Audácia invadirem uma das casas e arrastarem
pessoas da Abnegação para fora. De repente, todos estavam fazendo a mesma
coisa, como se tivessem planejado tudo isso.
Apertei meus punhos o suficiente
para que minhas unhas pudessem ferir as palmas de minhas mãos. Eu sabia que se
fizesse alguma coisa seria vista e isso não era uma opção. Olhei para os lados,
Tris e Quatro caminhavam apressados entre a multidão, parecendo não ver o que
estava acontecendo.
Dei dois passos para atrás e
colei as costas a um dos prédios da Abnegação. Minha respiração estava
começando a falhar, mas ficou completamente descompassada quando vi alguns dos
membros da audácia pedirem para que outras pessoas se ajoelhassem. Mais membros
da abnegação foram chegando, todos acompanhados de pessoas da minha própria
facção e se ajoelharam umas ao lado das outras.
Eu podia ouvi-los murmurar algo,
mas meus ouvidos ou talvez meu cérebro não me ajudaram a entender o que diziam.
Não que eu quisesse fazer isso, claro. Vi minha facção apontar suas armas para
as cabeças daquelas pessoas e fiz a coisa mais vergonhosa que alguém nascido na
Audácia poderia fazer, eu fugi. Enquanto corria ouvi o barulho de tiros sendo
disparados, esses muito diferentes dos que eu costumava ouvir na sala de
treinamentos. Aquilo não tinha nada a ver com coragem, não era possível que tivessem
treinado tanto tempo para isso. Meus pais, meus amigos, Quatro e sua
namorada... Eles não eram assim.
Não me dei ao trabalho de olhar
para trás, e os outros Audaciosos que agora já haviam ocupada todo o complexo
da Abnegação e derramado mais sangue do que eu pensei que veria na vida, não
pareciam se importar com minha presença.
Meus olhos começaram a arder e eu
sabia muito bem o porquê daquilo, era culpa. Eu podia tê-los salvado. Aquelas
pessoas... Parei de correr e tentei recuperar o fôlego. Uma linha tênue entre a
coragem e a estupidez. Era o que papai e mamãe costumavam dizer. Eu teria
morrido. Morrido com certeza, mas... De qualquer forma, não consigo deixar de
pensar que teria sido mais corajoso ter tentado.
Enchi meus pulmões de ar e
prometi a mim mesma que se tivesse a oportunidade de salvar alguém faria. Não
importa quem seja.
De qualquer forma eu devia encontrar
meus pais, eles estavam por aí matando pessoas e eu tinha que fazer alguma
coisa sobre isso. Andei lentamente procurando por eles até que vi do outro lado
da rua, atrás de outro prédio, Tris. Seus olhos estavam arregalados e ela
mirava em alguém.
Corri até mais perto e parei
assim que entrei num dos becos, de onde pude ver um garoto, que também apontava
uma arma para ela. Me lembrei de vê-los juntos algumas vezes enquanto
almoçávamos no fosso. Eram amigos. Aquilo tudo não fazia sentido.
Pensei no que havia prometido a
mim mesma um minuto atrás e decidi que era uma boa hora para agir. Eu estava um
pouco atrás dele e ela não parecia me ver, mas isso não era novidade.
Corri até ele e o agarrei por
trás. Ele se assustou e acabou disparando um tiro que por pouco não a acertou.
Olhei para Tris ainda lutando para conter o garoto, um dos aprovados desse ano,
tenho certeza, mas ainda sem nome para mim.
Os olhos de Tris estavam em mim e
um sorriso brotou em seus lábios. Ela não sabia sequer meu nome, mas isso não
era assim tão importante. A garota deu um passo em minha direção, mas eu fiz
que não com a cabeça e ela parou. Consegui derrubar o menino e me sentei em
suas costas.
─Tudo
bem ─ disse silenciosamente, então ela deu as costas e correu.
O menino se debatia embaixo de mim, mas por sorte não
soltava som algum. Olhei para seu pescoço, sabia que em algum lugar ali existia
um botão de liga e desliga, como mamãe costuma chamar. Dei um soco com força e ele
apagou.
Respirei fundo e coloquei dois
dedos em seu pulso que continuava forte, como deveria ser. Me levantei e corri
por que sabia que ele acordaria logo.
Então, por hoje é isso galera! O que vocês acharam? Ah! Se gostaram do blog não deixem de seguir e curtir a Page, ok?
Beijocas e até mais!
Eu usei a data de publicação para me inspirar... nela eu ainda não tinha 16 anos, por isso não tinha trocado de facção. Nunca planejei ficar na audácia.. hahaha
Eu usei a data de publicação para me inspirar... nela eu ainda não tinha 16 anos, por isso não tinha trocado de facção. Nunca planejei ficar na audácia.. hahaha
Oi Mayla, que blog lindo!
ResponderExcluirE que versão legal esta sua, parece que você estava mesmo lá. :D
Adorei, você mandou muito bem. Parabéns!
Um beijo.
Blog Monykisses
Olá, Mayla! Seguindo o seu blog! Se puder retribuir o meu é http://elavestepreto.blogspot.com Obrigada! Até mais!
ResponderExcluir