08/04/2015

Salvando o Will ! - PBLC

Oi gente! Tudo bem? O post de hoje é o 5° desafio do Projeto Blogagem Literária Coletiva, elaborado pela Juh (www), pela Monika (www) e pela Ana (www). 

Desta vez eu tinha que escolher uma parte de um livro para modificar e como sou uma pessoa bondosa, resolvi salvar o Wiil, porque ele não teve muito sorte na vida, coitado J


  Era um dia realmente ruim. Haviam muitos Audaciosos marchando apressados como se estivessem atrasados para um compromisso importante. Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, era cedo, a maioria das pessoas da minha idade ainda estavam dormindo, mas assim que vi papai e mamãe se levantarem fiz o mesmo e os segui . Eles não pareceram me ver, ou talvez, não tenham se importado com minha presença, se esse é o caso, ninguém se importou.

  Já fazem alguns minutos que perdi meus pais de vista, isso foi assim que descemos do trem. Posso ver Quatro daqui, ele e sua nova namorada também.  Os dois estão andando juntos e parecem mais vivos que a maioria aqui. Resolvi ficar perto, apenas o suficiente para pedir ajuda se precisar e não deixa-los me ver se eu não quiser.  Porque, imagino eu, que se o garoto dos quatro medos não puder me proteger, ninguém mais pode. Quer dizer, eles e Tris. A número um na lista de classificados desse ano.

  Eu estava ali observando-os quando vi alguns membros da Audácia invadirem uma das casas e arrastarem pessoas da Abnegação para fora. De repente, todos estavam fazendo a mesma coisa, como se tivessem planejado tudo isso. 

  Apertei meus punhos o suficiente para que minhas unhas pudessem ferir as palmas de minhas mãos. Eu sabia que se fizesse alguma coisa seria vista e isso não era uma opção. Olhei para os lados, Tris e Quatro caminhavam apressados entre a multidão, parecendo não ver o que estava acontecendo.

  Dei dois passos para atrás e colei as costas a um dos prédios da Abnegação. Minha respiração estava começando a falhar, mas ficou completamente descompassada quando vi alguns dos membros da audácia pedirem para que outras pessoas se ajoelhassem. Mais membros da abnegação foram chegando, todos acompanhados de pessoas da minha própria facção e se ajoelharam umas ao lado das outras.

  Eu podia ouvi-los murmurar algo, mas meus ouvidos ou talvez meu cérebro não me ajudaram a entender o que diziam. Não que eu quisesse fazer isso, claro. Vi minha facção apontar suas armas para as cabeças daquelas pessoas e fiz a coisa mais vergonhosa que alguém nascido na Audácia poderia fazer, eu fugi. Enquanto corria ouvi o barulho de tiros sendo disparados, esses muito diferentes dos que eu costumava ouvir na sala de treinamentos. Aquilo não tinha nada a ver com coragem, não era possível que tivessem treinado tanto tempo para isso. Meus pais, meus amigos, Quatro e sua namorada... Eles não eram assim.

  Não me dei ao trabalho de olhar para trás, e os outros Audaciosos que agora já haviam ocupada todo o complexo da Abnegação e derramado mais sangue do que eu pensei que veria na vida, não pareciam se importar com minha presença.

  Meus olhos começaram a arder e eu sabia muito bem o porquê daquilo, era culpa. Eu podia tê-los salvado. Aquelas pessoas... Parei de correr e tentei recuperar o fôlego. Uma linha tênue entre a coragem e a estupidez. Era o que papai e mamãe costumavam dizer. Eu teria morrido. Morrido com certeza, mas... De qualquer forma, não consigo deixar de pensar que teria sido mais corajoso ter tentado.

  Enchi meus pulmões de ar e prometi a mim mesma que se tivesse a oportunidade de salvar alguém faria. Não importa quem seja.

  De qualquer forma eu devia encontrar meus pais, eles estavam por aí matando pessoas e eu tinha que fazer alguma coisa sobre isso. Andei lentamente procurando por eles até que vi do outro lado da rua, atrás de outro prédio, Tris. Seus olhos estavam arregalados e ela mirava em alguém.

  Corri até mais perto e parei assim que entrei num dos becos, de onde pude ver um garoto, que também apontava uma arma para ela. Me lembrei de vê-los juntos algumas vezes enquanto almoçávamos no fosso. Eram amigos. Aquilo tudo não fazia sentido.
Pensei no que havia prometido a mim mesma um minuto atrás e decidi que era uma boa hora para agir. Eu estava um pouco atrás dele e ela não parecia me ver, mas isso não era novidade.

  Corri até ele e o agarrei por trás. Ele se assustou e acabou disparando um tiro que por pouco não a acertou. Olhei para Tris ainda lutando para conter o garoto, um dos aprovados desse ano, tenho certeza, mas ainda sem nome para mim.
Os olhos de Tris estavam em mim e um sorriso brotou em seus lábios. Ela não sabia sequer meu nome, mas isso não era assim tão importante. A garota deu um passo em minha direção, mas eu fiz que não com a cabeça e ela parou. Consegui derrubar o menino e me sentei em suas costas.

─Tudo bem ─ disse silenciosamente, então ela deu as costas e correu. 

  O menino  se debatia embaixo de mim, mas por sorte não soltava som algum. Olhei para seu pescoço, sabia que em algum lugar ali existia um botão de liga e desliga, como mamãe costuma chamar. Dei um soco com força e ele apagou.

  Respirei fundo e coloquei dois dedos em seu pulso que continuava forte, como deveria ser. Me levantei e corri por que sabia que ele acordaria logo.


Então, por hoje é isso galera! O que vocês acharam? Ah! Se gostaram do blog não deixem de seguir e curtir a Page, ok? 

Beijocas e até mais!

Eu usei a data de publicação para me inspirar... nela eu ainda não tinha 16 anos, por isso não tinha trocado de facção. Nunca planejei ficar na audácia.. hahaha 

2 comentários:

  1. Oi Mayla, que blog lindo!
    E que versão legal esta sua, parece que você estava mesmo lá. :D
    Adorei, você mandou muito bem. Parabéns!
    Um beijo.
    Blog Monykisses

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  2. Olá, Mayla! Seguindo o seu blog! Se puder retribuir o meu é http://elavestepreto.blogspot.com Obrigada! Até mais!

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